ENTRE OUTROS POEMAS...
Janelas Nessa horas, experimento a solidão. Nenhuma alma presente! A penas carros, que passam ao longe, com ruídos insanos de quem precisa provar pro mundo o que possui. Estilhaços de gente acendem p equenas janelas nos prédios. Somos pequenos lances luminosos solitários que se unem pelo simples fato de estarmos sós. Sem voz ou lágrimas, a penas só. Uma taça de vinho, e só. Fulguras internas frívolas s e dissipam em pensamentos baixos - a quele que o padre condenou na confissão, m as não saem da cabeça -, a penas só... Dedos vorazes compensam, o u não, p orque o vazio se espalha na noite barulhenta da cidade. Estou só e fico só. De tanto só, n ão sei como não ser. Sem perceber, o dia reluz, e só posso ver derreter a máscara que me pus ontem. Não era eu, essa também não sou. Sobra-me o nada de ser tudo isso incompreendido, p or mim e pelos outros. Se nem de mim tenho a certeza de ser-me, n ão tardará de um mundo vil esperar a resposta. Ela virá. Distorcida como as face